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Jorrando

(2023 — )



Construção

(2023 — )



Feitiço das Dez Mil Coisas 

(2018 — 2022)


Infiníptico 

(2015 — 2018)




Jorrando

“Para ver bem são-nos necessárias - paradoxo da experiência - todas as nossas lágrimas.”
Georges Didi-Huberman, Ninfa Moderna


Jorrando é uma exploração dos desdobramentos simbólicos das lágrimas e do choro. O projeto parte de minha pesquisa sobre feminilidade, loucura e amor para aprofundar-se nas esferas do ridículo, do terrível e do romântico. Para onde os trilhos das lágrimas nos podem levar?

 


Meire, que é muda e feroz, e patética, e que não chora 
2024
Óleo sobre tela
70 x 70 cm


Estandarte
2024
Bastão de óleo e grafite sobre algodão cru
250 x 122 cm




Virgem de Macarena
2023
óleo sobre tela
100 x 100 cm

    


Shoro Fisiológico
2023
vídeo digital

02"36'
Criado e realizado por Mariana Poppovic
Dirigido por Roger Valença




Dolorosas


Mater Dolorosa é o nome dado às estátuas espanholas de Nossa Senhora que têm lágrimas de resina escorrendo pelas faces. Seus diversos apelidos, cada um relativo ao aspecto de sua dor, amparam as dores de seus milhões de fiéis e devotos – Nossa Senhora das Dores, da Piedade, da Soledade, das Angústias, da Agonia, Nossa Senhora do Pranto.

Se Jesus Cristo morre pelos pecados de toda a humanidade, oferecendo seu eterno perdão em contraponto ao pai, o eterno castigo, sua mãe empresta-nos não somente o grande colo, para que afoguemos nossa eterna criancice, mas também nutre-nos com suas colossais lágrimas de colostro, chorando não por nós, mas em nosso lugar. Quando pedimos à Nossa Senhora que cuide de nós, o que queremos é a validação do paradoxo do sofrimento – a delícia de sofrer uma dor aliada ao alívio de ver que alguém sofre, mas nós não.

Outra figura que expia nossa dor, de forma análoga e perfeitamente oposta à de Nossa Senhora, é a do palhaço. Esse sujeito que, com seu nariz vermelho – talvez de chorar, talvez de afogar a eterna criancice numa mamadeira de cachaça – sacrifica publicamente, em nosso lugar e por nós, sua dignidade. Ao vermos o palhaço falhar de novo e de novo, e o glorioso absurdo de seu fracasso repetido, num crescendo equivalente ao gozo religioso, choramos de rir.

Meire Bobeire é o nome de minha palhaça, que vez por outra me possui e constantemente me vindica. 

Construção

"Os mundos novos devem ser vividos antes de ser explicados."
Alejo Carpentier in  Alberto Acosta, O Bem Viver





Peito Direito
2024
Óleo sobre tela
42 x 58 cm


Natureza Morta sobre Vichy
2023
óleo sobre tela
63 x 44 cm





Bibica
2023
óleo sobre tela
25 x 25 cm



Paraíba, Paraíso
2023
óleo sobre tela
40 x 50 cm




FEITIÇO DAS DEZ MIL COISAS

︎o homem ocidental sucumbe ao feitiço das “dez mil coisas”: distingue o particular, uma vez que está preso ao eu e ao objeto, permanecendo inconsciente no que diz respeito às raízes profundas de todo o ser.︎
(C.G. Jung, em Psicologia e Alquimia)








Eu chupei o dedo até aos 13 anos e às vezes ainda sinto falta
(2022)
Lápis de cor em papel 100% algodão
17 x 24 cm




Festa Tempestade (encomenda para Festa Tempestade)
(2021)
Óleo sobre Tela
90 x 90 cm





Gracinha (encomenda para Manu Gavassi)
(2021)
Óleo sobre Tela
80 x 120 cm


Veja nos clipes: aqui e aqui





Sem Título
(2020)
Lápis de cor sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm



Sem Título
(2020)
Lápis de cor sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm


Sem Título
(2020)
Lápis de cor sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm



Sem Título
(2020)
Lápis de cor sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm



Sem Título
(2020)
Lápis de cor sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm



Sem Título
(2020)
Grafite sobre papel 100% algodão
24 x 17 cm





Objetos em Ágata e Arranjo Floral
(2020)
Óleo sobre tela
60 x 90 cm


Porto Azul

(2020)
Óleo sobre tela
60 x 70 cm




Michelle
(2020)
Óleo sobre tela
90 x 120 cm








Mãe Reclinada
(2020)
Óleo sobre tela
100 x 75 cm






Sarah 
(2019)
Óleo sobre tela
68 x 95 cm

Vitor e Letícia 
(2019)
Óleo sobre tela
60 x 90 cm




RGB
(2019)
Óleo sobre tela
60 x 90 cm
 

Natureza Morta com Carneiro 
(2019)
Óleo sobre tela
80 x 120 cm



Roger com Tulipas
(2019)
Óleo sobre tela
65 x 95 cm


Arranjo com Bibelôs 
(2019)
Óleo sobre tela
91,5 x 135 cm

Sem título  
(2019)
Óleo sobre tela
30 x 40 cm





Sem Título (Estudo)
(2019)
Óleo sobre tela
20 x 20 cm


Clara dorme
(2019)
Óleo sobre tela
25 x 25 cm


Natureza morta com dióspiro esmagado

(2018)
Óleo sobre tela
50 x 60 cm




Sem Título
(2018)
Óleo sobre tela
20 x 25 cm




INFINÍPTICO








Mil formas, em uma;  
Mil formas, nenhuma.


︎
       ︎




é um projeto no qual exploro a desconfiança de que sou louca, buscando identificar essa loucura, ressignificá-la e, em última instância, redimi-la enquanto a compreenda como forma de redenção.

︎

︎
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︎
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Roger pela Manhã
(2018)
Acrílica e óleo sobre tela
138 x 104 cm







Infiníptico é um atlas.
É um corpo explodido.




Patética
(2018)
Óleo sobre tela
120 x 120 cm


“Autorretrato n°15 (ou Roger Azul)”
(2018)
Óleo sobre tela
120 x 120 cm


“Autorretrato n°14 (ou Natureza Morta com Azeite)”
(2018)
Óleo sobre tela
90 x 150 cm



Pânico Tônico Clônico 2
(2017)
Óleo sobre tela
80 x 120cm

Pânico Tônico Clônico 1
(2017)
Óleo sobre tela
80 x 120cm

Sem Título (Espantalho)

(2017)
Óleo sobre tela
±120 x 90 cm



“Autorretrato nº13 (ou Roger com Espadas de São Jorge)”

(2017)
Óleo sobre Tela
85 x 150 cm
“Autorretrato nº12 (ou Feira pela Manhã)”
(2017)
Óleo sobre Tela
61,5 x 76 cm

“Autorretrato nº11 (ou Brincos e Brinquedo)”
(2017)
Óleo sobre Tela
80 x 60 cm



“Farsa nº06 (ou Dissociação)”

(2017)
Óleo sobre Tela
50 x 60 cm

“Autorretrato nº10 (ou Pedra)”
︎pintura premiada
(2016)
Óleo sobre Tela
60 x 80 cm

"Autorretrato nº 09 (ou Toranja 1-4)” (inacabado)
(2016)
Óleo sobre Tela
± 30x40 cm




"Autorretrato nº 08 (ou Fantasmas)”
(2016)
Óleo sobre Tela
100 x 190 cm
"Autorretrato nº 07 (ou Stela Urinou no Skype)" 
(2016)
Óleo sobre Tela
90 x 78 cm (arestas 45 cm)

"Farsa nº 05 (ou Eu Efêmera)"
(2016)
Óleo sobre Tela
20 x 25 cm




"Autorretrato nº 06 (ou Quando o Avô deu ao Teo sua Camisa, Ficando de Peito Nu na Cabeceira da Mesa)"
(2016)
Óleo sobre Tela
100 x 140 cm

"Farsa nº 04 (ou o Puxa-Pelos com Tapetinho)"
(2016)
Óleo sobre Tela
35 x 30 cm


"Autorretrato nº 05 – I e Autorretrato nº 05 – II (ou Díptico nº2 com Orelha de Grace Jones)"

(2016)
Óleo sobre Tela
18 x 13 cm cada uma



"Farsa nº 03 (Ou Michael Jackson na 25 de Março)"
(2016)
Óleo sobre Tela
80 x 60 cm

"Farsa nº 02 – I e Farsa nº 02 – II (ou Díptico nº1)”
(2016)
Óleo sobre Tela
50 x 40 cm cada uma


"Farsa nº 01 (Ou Retrato da Artista com Olhos de Cadela)”
(2016)
Óleo sobre Tela
80 x 60 cm



“Autorretrato nº03 (ou Mesa da Noémia)”
(2015)
Acrílica sobre tela
20 x 50 cm

“Autorretrato nº02 (ou Jardim da Noémia)”
(2015)
Acrílica sobre tela
45 x 55 cm

“Autorretrato nº01 (ou Cena no Ateliê)”
(2015)
Acrílica sobre tela
50 x 40 cm




MIL FORMAS foi minha pesquisa para o Mestrado em Pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, que decorreu entre SET/2015 e SET/2018.




Através das pinturas e da dissertação, a formulação das perguntas, suas implicações e seus desenvolvimentos são naturalmente muito diferentes. Proponho por isto que as duas metades, às quais chamo, respectivamente, de Mil Formas, Em Uma e Mil Formas, Nenhuma, sejam simultaneamente introdução e conclusão uma da outra, dando ao trabalho um caráter infinito (infiníptico).
 

*




︎





Mil Formas, em uma:
É a manifestação físico-espiritual da pesquisa. Retrata com preciosidade o desreal, o terrível e o estupidamente cotidiano. Ao mesmo tempo, numera a evolução do aprendizado do processo pictórico. É dividido entre Autorretratos, em que tudo que não era  autorretrato passa a ser, e Farsas, nas quais um sujeito tenta disfarçar-se, mas falha.
Mil Formas, Nenhuma:

Exercício retórico e projeção da voz do trabalho. Relaciona delimitações psicanalíticas de identidade, sanidade e feminilidade com um pensamento místico, simbólico e intuitivo,
a fim de traçar uma  compreensão específica da loucura e descobrir para onde isto nos pode levar.













︎ ︎  ︎
© Mariana Poppovic 2023